segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Bolhas de Sabão


Numa tarde , me peguei olhando uma doce menina brincando de bolhas de sabão. Inocentemente espalhava bolhas em toda a sala. Pequenas, grandes e coloridas . Essa inocente brincadeira que ficou esquecida nos primórdios de minha infância. Era capaz de ficar horas e horas soprando através de um arame com uma rodela na ponta. A cada sessão de bolas, o arame era mergulhado num copo cheio de água com sabão em pó. As vezes esses copos faziam uma sujeira de deixar as mães doidas. Agora não, a água com sabão, ficam numa embalagem ajustada ao arame, que tem na sua ponta uma tampa, facilitando o transporte do brinquedo se fazer sujeira. Mas toda a reengenharia do brinquedo não tirou a magia das bolhas sopradas ao ar. Cada bolha tem sua magia própria. Cheia de cores que se movem, flutuam no meio do caos e criam a expectativa de quando irá explodir para outras tomarem o seu lugar.
Resolvi tentar. Peguei o brinquedo, que maneiro ! Eu ainda sabia brincar. Senti o doce gosto da inocência, que há anos não sabia o que era. Não me lembro do tempo que fiquei soprando naquele brinquedo e a cada bolha era um surpresa. A cada bolha uma brincadeira diferente. Sim a criança ainda mora dentro de nós. É só deixar-la brincar.
Dançar no meio das bolhas de sabão, é como se elas fossem capaz de te transportar a um lugar que você conhece muito bem, mas que o tempo e a vida adulta nos insiste em fazer esquecer.
Mas por uns momentos eu estava feliz, feliz comigo mesmo, feliz com a vida, feliz por ter deixado minha criança brincar, de ter provando novamente a inocência da minha infância.
Abençoada sejam as crianças pequenas e as grandes, abençoada seja Iris.

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