quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Talvez nem tanto...

    A visão muitas vezes se  turva diante dos sentimentos mais puros. Diante de uma realidade dura, marcada por cicatrizes que nunca se fecharam por completo nessa vida. Talvez nem em outra.  As marcas são capazes de endurecer os corações, neblinar a mente, onde se forma jogos macabros.     Suficientemente irritantes e apavorantes, para que o coração passe a um segundo plano e endureça cada vez mais. Em pouco tempo somos vitimados, pela ação de fantasias lubridiosas, que transformaram a esperança e o amor, em rancor e ódio.
    Ingênuas almas caídas pelas cicatrizes. Corroídas pelo sucesso que alcançaram e perderam. Pelos castelos de areia, com fundação de palha, que se esvoaçaram com o vento. O grande mensageiro, o vento, vai em todos os lugares e volta para me contar.  Me conta histórias de tempos em que certos homens cultivavam o amor, a compaixão e tolerância. A compreensão fugiu do dicionário da humanidade.  O analfabetismo cerebral, cultural e sentimental domina os rincões do mundo civilizado. Que aliás pensam que são civilizados. Civilizações de outrora, vivam em harmonia com a natureza e como seus semelhantes. Sim o vento veio me contar.

    Que as cicatrizes sejam apagadas com a cura do amor.  Que o amor e a tolerância sejam maiores que qualquer ódio.  Oxalá, haverá um dia que todos seremos de fato seres humanos sob uma grande   raça.  A raça humana, sem cores, sem credos, sem nacionalidades e com tudo ao mesmo tempo. Um dia quem sabe. Sim o vento sabe, o vento é um velho amigo do andarilho, lhe conta tudo, ou talvez nem tanto.