sábado, 31 de dezembro de 2011


Pela janela eu vejo uma chuvinha fina que vai levando 2011 e mais a frente um sol trazendo 2012. Que seja assim, todas as turbulências de 2011 fique para traz e 2012 seja um ano de paz e prosperidade. 
Foi um ano de conquistas, mas a duras penas. Fizemos coisas até então inimagináveis. Vimos felicidade, apreensão e tristezas. O João virou o moleque gente boa. A Alana vive numa malhação ou iCarly, ou Hanna Montana ou ainda feiticeiros de qualquer lugar. Se pelo menos se interessasse por bruxaria estaria aprendendo alguma coisa, mas é uma excelente aluna na escola. 
Fizemos nossa primeira viagem internacional familiar para o México. Essa família deu trabalho, mas no final temos muitas historias e compras. 
Enfim para o próximo ano, uma nova pessoa fará parte do trem de nossa vida, a Julia. Já está chegando com muito amor, praticamente já faz parte do nosso dia a dia. Te esperamos com muita ansiedade, pois desde já o papai já te ama muito. Raquel, mas um ano e mais um capitulo em nossa historia. É fabuloso viver essa aventura, que é a vida com você. 
Que venham os novos desafios, que seja um ano de oportunidades e feliz. 
Que as tempestades desse fim de ano se transforme numa bonança ! 
Que ainda novos sonhos venham fazer parte de nossa vida, que a vida nos proporcione a realização desses sonhos. 
Que assim seja e assim se faça ! 


 Feliz 2012

sábado, 17 de dezembro de 2011

Niver 2011

Hoje é um dia  especial, muitas coisas  aconteceram nessa data. Acontecimentos  felizes e tristes, mas  em todo esse tempo acho que nunca li algo tão  bonito, segue :


"Quando minha filha nascer vou falar pra ela que príncipe encantado não existe como nos contos de fada. Mas se ela perguntar se eu conheço algum, eu vou ter a felicidade de dizer pra ela que pode se orgulhar de chamar meu PRÍNCIPE de PAI. Parabéns meu amor. Felicidades. TAM. Bjs." Raquel Valério

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Enamorados em Beltane


     Sentado numa rocha a beira mar, o Andarilho, fecha os olhos e sente o gosto do mar em seus lábios cerrados. Escuta uma gaivota, mergulhando atrás de sua janta. Percebe os últimos raios de sol e um vento do norte beijando sua face. Logo se vê correndo na mata de uma pequena aldeia na França. Século 18, a era das trevas ainda não havia acabado. Mas hoje era dia de festa. A lua cheia ilumina o seu caminho até uma pequena casinha já na periferia da aldeia. De longe atira algumas pedrinhas numa janela com uma pequena fresta. Logo uma silhueta feminina, salta da janela e vai ao seu encontro. Ele a convidara para uma festa na floresta. 
     Era uma noite especial, seus amigos já haviam preparado tudo. Sabia que as coisas já não eram como antes. O grupo estava rachado e seus amigos não comungavam, mas os mesmos objetivos. Mas era um dia de festa. A lua cheia brindava a fogueira de beltane. Ela não sabia de nada, não imagina que era um amor perigoso, que ele poderia ser preso a qualquer momento. Ela só queria se divertir com seu amor. Atravessaram a floresta de mãos dadas, até chegarem numa clareira, onde já crepitavam as chamas de uma grande fogueira. Ele se dirigiu a centro e abraçou alguns amigos. Em especial um casal que pareciam dirigir a festa. Apresentou sua companheira que foi recebida com um copo de vinho. 
     Já passava de meia noite quando um som de tambor ecoou na clareira, induzindo as pessoas já bem alegres com o vinho, a dançarem em volta da fogueira. Os corações batiam no ritmo do tambor, ou seria o inverso, tudo bem, em pouco tempo ele sentia o cone. Após anos de treinamento, ele era capaz de sentir e distinguir o cone. Sabia também o que seria feito com o cone e as consequências que essa atitude traria. Eles haviam ido longe demais. E então diminuiu a dança. No momento seguinte, após um gesto de R. todos caíram no chão sorrindo e cantando. Assim honrando o festival, os casais se retiraram para uma relva, ao lado da clareira e promoveram o grande casamento. Sonolento ele olha para seu amor, deitada ao seu lado, totalmente entorpecida e lembrou que beltane também lembra os enamorados. Era hora de tomar uma decisão. Olhou de longe para o casal de amigos e silenciosamente se despediu deles. “Amigos, ainda nos veremos, nessa ou na próxima vida”. Ele acabara de optar pelo amor daquela mulher, o que significava que não voltaria mais ali, não veria mais seus amigos, nem em festa, nem no ardor dos piromaníacos.
     Lentamente foi acordando ela, sussurrando em seus ouvidos. Tomou suas mãos e seguiu rumo à floresta. Uma escolha foi feita, uma escolha de vida. 
     O vento sopra mais forte, uma lagrima rola do rosto do andarilho. Uma lagrima de saudades, de bons momentos vividos também nessa vida, com seus eternos amigos. Muitas saudades de vocês R. e D. Abençoados sejam.

domingo, 14 de agosto de 2011

Pai


“Pai, você  foi meu herói meu bandido… você foi muito mais que  um amigo...” Já diria  a canção que  nos  emociona.  Há dois momentos na vida que  descobrimos o que  é ser  pai. Um é quando  perdemos o nosso e  o nosso grande  herói  se  retira de vida. E o outro é quando nasce nossos  filhos. Pai é um oficio  de  amor, significa  ser  responsável por  outros seres. Saber que  todo o futuro daqueles  pequenas criaturas depende  de você. Não pode  falhar.  O Pai não  gera, mas  cuida, protege  e sente a responsabilidade de transformar os filhos  em pessoas  melhores. Não quer  ser  um espelho para os filhos, quer  ser apenas um trampolim para  eles alcancem  vôos  mais  altos.
Os pais  não competem com as mães, as complementam.  As vezes estão ali nos bastidores, sempre atentos, prontos para  apoiar  e erguer  suas  crias. Ainda tenho nitidamente  os  olhos de meu pai cheios de lagrimas, coisa rara de se ver, no dia de minha formatura. Sinto sua falta, mas sei  que vamos nos  encontrar.  Enquanto isso vou  tentando fazer   o meu papel de pai. E que eu possa  fazer  de seus netos pessoas  corretas, dignas de carregar  o seu nome.  Já me orgulho de meus filhos, assim como vi  nos seus  olhos.  Obrigado pai, por me dar  a vida,  obrigado  Alana e  João por  permitirem que eu seja um pouco de  herói e  tenha  o meu grande pensamento feliz,  SER PAI. 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fale Comigo

Fale comigo,
Fale coisas que me remetam aos mais ternos anos.
Anos em que podia sentir o cheiro do milharal na roça. Sentir a doce brisa beijando o meu rosto no açude.
Os inocentes girinos brincando no açude, então eu, papai e meu irmão esperávamos que algum peixe afoito mordesse uma das iscas.
Aquelas noites ao lado do fogão de lenha, com a vovó cozinhando o angu do papai.
Fale comigo, doces palavras que me levam as lindas manhas frias com neblina e um solzinho tímido, que anunciava mais um maravilhoso dia.
O cheiro da lenha crepitando no fogo, o cafezinho moído na hora e pronto. Já estávamos aptos a correr pelo terreiro. A aventura de desbravar milharais e cafezais.
Fale-me dos cafezais que nos serviam de esconderijos para o pique esconde. Quero lembrar de meu irmão e minhas primas. Inocência pura, vida pujante.
Fale-me, eu quero ouvir, quero sentir e lembrar.
Fale que essas coisas não estão guardadas apenas na minha cabeça e sim na memória do tempo. De tempos felizes, de vida.
Fale-me daquelas tardes frias, vendo o sol se pôr, vovô ligando a luz no moinho, e todos se sentados a beira do fogão de lenha. Onde  as  chamas crepitavam, no ardente  jogo  de salamandras.  
Fale-me do pão sovado, do sabor das mangas, recolhidas ainda com o orvalho da manhã. O leite quente, o cheiro do mato, da mata, o cheiro de vida.
Por favor, alguém fale comigo. Fale comigo dessas coisas, de amor, da natureza e de meus antepassados queridos.
Fale comigo que tudo será dito e tudo será vivido. Que assim seja e assim faça.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carnaval 2011 - Brasilia

“ Não há mais festa, nem carnaval, hoje eu to atrasado....” Acabou 2010 e agora definitivamente entramos em 2011. No carnaval o país para ver o bloco passar. Menos na capital do país que não para, pois não há o que parar. Não tem ninguém para parar nada. Mais parece uma cidade fantasma. Como se toda a vida escorresse por suas estradas em direção ao restante do país. Me lembra também a musica do Raul Seixas, “ O dia em que terra parou.” Facilmente aplicado a Brasilia. Nesses dias eu não sai para fazer compras, porque não havia vendedor para vender, e o vendedor não saiu para vender, pois sabia que o cliente também não estava lá.
Ainda bem que a Sky e a internet estavam funcionando. Já pensou ? Bom agora é hora de seguir em frente e trabalhar. Ano que vem, longe das águas de março, Muriqui que nos espere. Que os Deuses nos abençoe nessa nova jornada! Que assim seja e assim se faça.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

João e a Noz


Há coisas que realmente não sabemos como ocorrem. E em questão de minutos um ato sobrenatural de uma criança de 3 anos, coloca sua vida turbulência total.
Meu querido João Viana, simplesmente me coloca ¼ da metade de uma noz no nariz. Ao percebemos e constatar que ele não conseguiria retirar e nem nós, corremos para o hospital. No hospital Santa Luzia, que está virando Sus particular, a sem noção da recepcionista falou em cirurgia. Por sorte uma medica que estava de plantão na emergência, me disse que era caso para um otorrino e que lá não havia um de plantão. Mas que no hospital ao lado, Santa Lucia havia. Correria.... No Santa Lucia, nos foi informado que havia um no prédio ao lado no 4º. Andar. Mais correia. Já saia um liquido amarelado da narina esquerda dele, o que me preocupava. O consultório estava cheio, mas conseguimos passar na frente de alguns, por ser emergência. O João alternava momentos de choro e historias que contava para os outros pacientes, principalmente para um Sr que estava todo machucado devido ao uma queda de bicicleta. Ao explicarmos a situação para o médico, ele foi bem objetivo : “Pai, isso é muito simples, porém o sofrimento dele, vai depender da sua força para segurá-lo”. Devo ter feito uma cara de horror. Segurei-o com toda força e a Raquel segurou a cabeça, de forma que ele tentava se debater e não conseguia. O Médico com um instrumento, fez apenas duas rápidas tentativas e conseguiu tirar. De repente um alívio, foi como se a energia a nossa volta se transmutasse. Ficamos impressionados com o tamanho da noz. Como ele conseguira colocar? Ele saiu triunfante dizendo que o Tio Medico tirou o dodói. Todos queriam ver a noz. Voltamos para casa com as almas mais calmas.. Ahhh muleke !!!